[bloqueador]O ministério da Agricultura Pecuária informou hoje que mais de 39 amostras de produtos dos 21 frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca apresentaram problemas de ordem econômica ou de saúde publica. A força tarefa do ministério analisou 302 amostras de diferentes lotes e marcas, em uma auditoria independente da investigação da Policia Federal.
Do total de amostra analisadas, oito havia sido reprovadas, sete laudos de análise de hambúrgueres continham a bactéria salmonela, vindo de três lotes diferentes.
Já em uma amostra de linguiça cozida do Frigosantos foi encontrado Estafilococos. O produto é vendido sob o SIF 2021,e pode causar diarreia.
Entre amostras estavam lotes de embutidos que continham excesso de amido e ácido sórbico, um conservante proibido em linguiças e salsichas, produzidas pelos frigoríficos Souza Ramos, de Colombo (PR), e Peccin. Já nos produtos dos frigoríficos BRF, de Mineiros (GO), e Frango DM, de Arapongas (PR), foi encontrado excesso de água no frango. Segundo Novacki, todos os produtos já foram recolhidos e as unidades estão passando por inspeções técnicas.
Segundo Novacki, o ministério já iniciou os procedimentos para cancelamento do SIF dos frigoríficos: Peccin (SIF 825), de Jaraguá do Sul (SC); Peccin (SIF 2155), de Curitiba (PR); e Central de Carnes (SIF 3796), de Colombo (PR). Todas essas unidades já estão interditadas e outros frigoríficos podem ter o registro cassado à medida que as investigações avancem. “Todos, pequenos, médios ou grandes, terão que pagar pelos erros detectados e o ministério vai agir de modo muito duro”, disse.
Em nota, a Frigosantos disse não ter sido “autuada ou notificada acerca de qualquer irregularidade em seus produtos, ou mesmo interditada”. Afirmou ainda que “sua produção é fundada nos mais rigorosos controles de qualidade e higiene”.
O escritório jurídico Elias Mattar Assad, que defende a Peccin, disse que “tal medida é mais um exagero descabido que marca essa operação policial [Carne Fraca]”.
A BRF informou, em nota, que “alguns dos resultados nas análises de Drip Test, teste que mede o teor de água no descongelamento de carcaças de frango, realizadas pelo MAPA em frangos congelados produzidos em seis datas distintas na unidade de Mineiros (GO) foram divergentes dos resultados obtidos nos controles realizados diariamente dentro da unidade produtora.”
“Cabe ressaltar que existem inúmeras variáveis que podem interferir nos resultados de Drip Tests realizados em frangos congelados coletados nos centros de distribuição, tais como condições de transporte e acondicionamento do frango assim como questões fisiológicas”, diz a nota.
“A BRF já solicitou contraprova junto ao MAPA e está realizando uma verificação rigorosa nos seus controles de processo na fábrica e centros de distribuição. Até uma resposta definitiva, os produtos permanecerão retidos, apesar da inexistência de riscos à saúde do consumidor.”[/bloqueador]